sábado, 17 de novembro de 2007

M

Conheci-o nas férias pela primeira vez, não senti nada. Voltei a
vê-lo pela segunda e começei a sentir alguma coisa. Mais tarde vim a saber que
era mais do que amizade.
Disse-lhe pela net e fiquei ainda pior.
Fui falar com ele cara a cara para saber o que sentia, disse que só me via como uma grande amiga.
Fui lá pra cima chorar o que já estava à espera de ouvir. No fim abracei-o, mas não com a força suficiente. Gostava de o poder voltar a fazer.
A única coisa de que lembro de bom eram as frases com que ficava derretida: "Eu fico na equipa dela". A coisa má era o desprezo que me desolava ainda mais.
Prende-me a ele o M, a terra onde nasceu e a vontade de revê-lo outra vez.
Aprendi a esperar, a amar, a gostar, a olhar, a não desistir. Aprendi a pedir desculpa. Aprendi a dizer amo-te. Aprendi que a vida tem dois dias. Aprendi que não era o fim do mundo. Aprendi que gostava mesmo dele.

1 comentário:

Debaixo do Bulcão disse...

Obrigado por este poema, que foi publicado já no Debaixo do Bulcão (edição em papel e, brevemente, também no blog).

António Vitorino