terça-feira, 11 de dezembro de 2007

sábado, 24 de novembro de 2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Estação Loran (NATO) Santa Maria Açores

Não deve haver regressos fáceis à infância…
Se fomos infelizes, não nos apetece reviver o passado, mas somente fugir dele a sete pés!
Se fomos felizes, como é o meu caso, vem-nos a nostalgia de quem já não temos connosco e acompanhou esses anos. Depois há a nostalgia dos lugares, das paisagens e das casas, as medidas daquele hall que percorremos todos os dias, daquele armário em que nos escondíamos, do corredor em que fazíamos patinagem artística. Essas medidas acompanham-nos para sempre: formatam dentro de nós uma dimensão de aconchego que fica parte intrínseca de nós.

Se juntarmos a tudo isto as regras da sensatez, que o Rui Veloso imortalizou na cantiga com o mesmo nome, melhor perceberão os Marienses que me lerem o choque que foi ver a Loran, já em 1994 naquele destroço em que se encontra. Cometi a patetice de lá voltar (já sem máquina fotográfica) em 2000, após a morte de meu pai, e já não consegui circular na estrada alcatroada que circundava o complexo, tal era o matagal. Desta última vez nem sei se cheguei a entrar na casa que era a minha!

Sim, eu vivi lá dos seis aos dez anos, frequentei a escola feminina de Santa Bárbara e fiz exame de 4ª classe na escola de Vila do Porto, aquela, logo à entrada, quando se vem do aeroporto (tenho até um diploma assinado pelo sr. Prof. Geraldo Soares Coutinho Cabral). Quatro anos passados entre afazeres escolares, leituras (tínhamos a visita regular da biblioteca itinerante da Gulbenkian e os livros, imaginem quais, do Noddy!, sim, sim o mesmo que agora é figura televisiva) e sobretudo muita brincadeira ao ar livre, em total liberdade (ainda não se tinha inventado o rapto de crianças, pelo menos por aquelas paragens) e com mar por todos os lados, a avistar o jacto de água levantado pelas baleias de vez em quando. O que pode mais desejar uma criança? Um pai e mãe estupendos. Pois também tive, sendo que mãe ainda tenho!

Este post, acreditem, não veio sem dificuldade, foi um pedido do dono de um blog sobre Santa Maria, a que acedi com enorme gosto, mas alguma mágoa, por verificar a quantidade de asneiras que aparecem na Internet sobre a Loran (por exemplo que foi o estado francês que a construiu!!!!), por ficar a saber que nada foi feito num espaço tão nobre. Mesmo que as casas não sejam aproveitáveis, pelo menos o terreno, não? Tive ocasião de dizer a um dos senhores presidentes de Câmara de Vila do Porto que preferia ver as casas arrasadas a vê-las em tal estado. É a verdade, não me repugna que seja dado outro uso a uma casa que me pertenceu ou que habitei. Significa isso que ela vive, que seguiu em frente a sua vida… mas aquilo! Aquilo é morte por negligência e abandono. É demais, é demasiado triste, ver o mato soberano tomar conta do passado sem que nada nem ninguém lhe faça frente. Só me vem à memória uma fala de Denis, em África minha: it will grow wild… e de que maneira, aquilo é uma verdadeira lição da natureza, é a sua vitória sobre o nosso desleixo – não me excluo.

Mas não fiquem os Marienses desgostosos e sobretudo não pensem que só aí é que acontecem coisas destas. Os que já vieram aos Jerónimos podem ver, mesmo à frente do CCB, a ruína que ali ficou da exposição do Mundo português, do tempo do Salazar (sem vénia e sem dr, para que não haja dúvidas sobre mim), vejam em que ano foi que não sei precisar. E lá está e nada acontece. E podem crer que a verba para construir o tal de CCB foi bem choruda, à data. Lembro-me que no orçamento do Min da Cultura desse ano esse era o número mais comprido!

Mais alguma coisa que queiram saber, perguntem. Talvez eu precise mesmo de responder….

sábado, 17 de novembro de 2007

M

Conheci-o nas férias pela primeira vez, não senti nada. Voltei a
vê-lo pela segunda e começei a sentir alguma coisa. Mais tarde vim a saber que
era mais do que amizade.
Disse-lhe pela net e fiquei ainda pior.
Fui falar com ele cara a cara para saber o que sentia, disse que só me via como uma grande amiga.
Fui lá pra cima chorar o que já estava à espera de ouvir. No fim abracei-o, mas não com a força suficiente. Gostava de o poder voltar a fazer.
A única coisa de que lembro de bom eram as frases com que ficava derretida: "Eu fico na equipa dela". A coisa má era o desprezo que me desolava ainda mais.
Prende-me a ele o M, a terra onde nasceu e a vontade de revê-lo outra vez.
Aprendi a esperar, a amar, a gostar, a olhar, a não desistir. Aprendi a pedir desculpa. Aprendi a dizer amo-te. Aprendi que a vida tem dois dias. Aprendi que não era o fim do mundo. Aprendi que gostava mesmo dele.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Que no peito doa

Sinto a tua falta
nem que seja só para te olhar
como olho o espelho deste lago verde escuro.
A paz existe neste silencio puro.
E este céu
é da cor dos teus olhos
que carrego no peito com fúria,
desatinada e por doer,
à espera que se torne real
e que no peito realmente doa.

Tantas vezes te tentei sentir
tantas vezes te dei sinal.
Quantas vezes te fiz rir?
Quantas vezes te fiz mal?

Sou só.
O meu existir procura razão.
Um só olhar me acorda para o sonho,
uma palavra só e me desprendo,
com vontade de me mostrar,
com vontade de amar,
realmente amar,
como não sei como será.

Miguel Nuno 96

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Tramolhada de Conselhos Alfredínicos

o que se passou mesmo???
estou preocupada contigo
ele n é o fim do mundo
eu tou sempre ao teu lado
pois mas nem á distancia o esqueces???
ou melhor assustada
nunca nos devemos sentir sozinhas
talvez explica-lhe isso ou ja explicaste???
queres saber a minha opiniao
e tu poes-te a pensar nele
n estas sozinha
pára e reflecte
ele se te faz sofrer n te merece
ele n merece que percas tempo com ele
mas eu tenho a certeza que consegues
tu es uma rapariga forte
de seguir em frente
esta e' a ultima vex k eu xoro por ele A ULTIMA!
com vontade de lutar
eu n quero ver a minha alderinda a chorar
sei que é dificil
como sabes que n resulta???
quero ver um sorriso e alegria á vista
em que posso ajudar
mas ele n te diz nada ??
n fiques chateada
ha milhoes de paletes de gajos
com vontade de viver
pois assim é que eu gosto de ver os meus amigos
estas a começar a tua adolescencia, a tua vida
^^Alfredina ^^

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Limites do Infinito

Na noite
Que de súbito
Se escurece,
Se entristece,
Se enternece,
Nasce um sorriso
E uma flor
Toda feita de lua,
Toda feita de nós,
Criaturas d`amor só,
Extractos de cor, carne e pó...
Nasce das mãos de pele macia,
Da memória duma manhã fria,
Dum corpo torcido pelo desejo
E da ansiedade dum beijo...
Observo admiráveis
Auroras de estrela nova,
Riscam o firmamento
Asteróides e cometas,
Luzes perfeitas...
Reflexos contidos,
Contornos da pele, sinais e
Movimentos dialécticos,
Cósmicos.
Não me sentiria tão vivo, tão
Aceso, tão real...
Se não tivesse este poder de
Reflectir e sonhar com infinitos
Feitos de pensar os
Limites do mar.

Miguel Nuno97

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Açores

Queria partilhar a magia dos Açores com vocês, e para isso aqui têm umas fotos:

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Raio de luz

O meu primeiro poema


Os teus lábios vermelhos fogo
O teu sorriso á luz do dia
Os teus olhos brilhantes
O teu cabelo como relva a nascer no cimo de uma montanha
As tuas mãos de seda, girassois luminantes
Pés pequenos de dedos arrebitados nas ondas do mar
Gestos serenos de amor, como se o céu fosse sempre céu e a chuva não existisse
Flor sou eu e pétala és tu




Martinika 23/09/07