quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Que no peito doa

Sinto a tua falta
nem que seja só para te olhar
como olho o espelho deste lago verde escuro.
A paz existe neste silencio puro.
E este céu
é da cor dos teus olhos
que carrego no peito com fúria,
desatinada e por doer,
à espera que se torne real
e que no peito realmente doa.

Tantas vezes te tentei sentir
tantas vezes te dei sinal.
Quantas vezes te fiz rir?
Quantas vezes te fiz mal?

Sou só.
O meu existir procura razão.
Um só olhar me acorda para o sonho,
uma palavra só e me desprendo,
com vontade de me mostrar,
com vontade de amar,
realmente amar,
como não sei como será.

Miguel Nuno 96

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