sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Limites do Infinito

Na noite
Que de súbito
Se escurece,
Se entristece,
Se enternece,
Nasce um sorriso
E uma flor
Toda feita de lua,
Toda feita de nós,
Criaturas d`amor só,
Extractos de cor, carne e pó...
Nasce das mãos de pele macia,
Da memória duma manhã fria,
Dum corpo torcido pelo desejo
E da ansiedade dum beijo...
Observo admiráveis
Auroras de estrela nova,
Riscam o firmamento
Asteróides e cometas,
Luzes perfeitas...
Reflexos contidos,
Contornos da pele, sinais e
Movimentos dialécticos,
Cósmicos.
Não me sentiria tão vivo, tão
Aceso, tão real...
Se não tivesse este poder de
Reflectir e sonhar com infinitos
Feitos de pensar os
Limites do mar.

Miguel Nuno97

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